Terceirização de TI está com os dias contados

Para vice-presidente da A.T. Kearney, os fornecedores tradicionais terão problemas para sobreviver ao novo cenário de outsourcing.

Na perspectiva de Arjun Sethi, vice-presidente da consultoria A.T. Kerney, em cinco anos, o outsourcing (terceirização) dos produtos e serviços de TI, pelo menos da forma que conhecemos hoje, vai desaparecer. “Novos players, que ainda não entraram no mercado, irão dar as cartas nesse segmento”, avisa Sethi.

O consultor faz essa afirmação com base nas previsões de uma reconfiguração em massa do setor de terceirização. A mudança será provocada, em grande parte, pela disseminação da cloud computing (computação em nuvem).

Em um futuro não muito distante, o especialista vê que o mercado de outsourcing será dominado por empresas como Amazon e Google, além de nomes ainda desconhecidos. Enquanto isso, os fornecedores tradicionais de serviços terceirizados, como HP, Dell e Xerox, terão grandes dificuldades para sobreviver ao novo mercado.

Durante entrevista exclusiva à CIO/EUA, Sethi fez uma análise do que será o setor de outsourcing de TI em um futuro não muito distante.

CIO:: Não seria um exagero falar na morte do outsourcing de TI?

Arjun Sethi:: Acredito que não. Estamos acostumados a conceber a terceirização tradicional de TI com acordos firmados em longo prazo e que incluem o desenvolvimento e a manutenção de códigos customizados. Isso funciona, até hoje, a cargo de uma legião de programadores e exige a integração local. Nesse sentido, acho que estamos rumando em outra direção. Acredito em um novo modelo, no qual os fornecedores de outsourcing vão oferecer soluções padronizadas e baseadas na demanda. Para tal, é provável que combinem vários modelos de terceirização dos processos de negócio (BPOs) com a tecnologia da computação na nuvem.

Com base nesse modelo, os clientes poderão contratar outsourcing de todos os processos comerciais e pagar apenas pelo contingente de serviços usados.

CIO:: Mas os fornecedores de serviços terceirizados já não estão se preparando para cloud computing?

Sethi:: Nos últimos dois anos, vimos uma série de empresas investindo na aquisição de toda a indumentária necessária para sobreviver aessa mudança e para criar um novo modelo de negócios para a indústria de outsourcing. Estou falando de hardware e de conectividade que possibilitam executar serviços de rede e de armazenamento. Também entram nessa relação softwares que possam ser posicionados em plataformas partilhadas no ambiente da nuvem.

Isso demanda, no entanto, fôlego financeiro para implementar um modelo de cobrança baseado na demanda real. Esse é, na minha visão, o passo preeliminar rumo ao que chamo de revolução no mercado de BPO e terceirização da TI, em geral.

CIO:: E por que as provedoras tradicionais estariam em perigo?

Sethi:: Essas organizações não estão entendendo a mensagem. Elas, de fato, realizaram alguns investimentos. Mas ainda lhes resta muito a fazer se quiserem ter retorno sobre os milhões de dólares que injetaram nas recentes aquisições.

CIO:: O que deve acontecer com os fornecedores de serviços indianos?

Sethi:: Não há muita esperança para eles. E essa conclusão está baseada no comportamento reticente de grandes players ,como a Infosys, a TCS e a Wipro. Essas empresas dispõem de um caixa enorme e, mesmo assim, ainda não realizaram investimentos ousados. A questão que se coloca é: será que elas serão ágeis o suficiente para acompanhar o despertar dos clientes e poderão erradicar as preocupações referentes ao modelo de negócios e à proteção dos dados?

CIO:: Boa parte dos clientes de outsourcing ainda fica relutante quando o assunto é computação na nuvem. Como isso deve mudar nos próximos.

Sethi:: Estamos no olho do furacão. Nossa recentes pesquisas com clientes demonstram que há um grande interesse nessa área. As previsões são de que, nos próximos anos, exista uma expansão acelerada do setor, que deve ultrapassar um faturamento de 50 bilhões de dólares.

CIO:: E qual o modelo de negócios que os clientes corporativos adotarão na nuvem? A ideia é que as empresas trabalhem com múltiplos fornecedores?

Sethi:: Ainda não há um modelo de negócios ideal e sustentável. Acredito que, de acordo com a dinâmica atual no cenário de fornecedores e com as aquisições acontecendo em ritmo acelerado, isso descreve a maneira como os negócios devem se desenvolver e de que maneira serão adotados pelos clientes.

CIO:: Recentemente, o senhor mencionou a Microsoft e a SAP como potencial líderes nesse novo universo de outsourcing. Mas esses nomes não têm tradição nesse segmento…

Sethi:: Pense na oferta dessas empresa na nuvem. Elas já se armaram bem para essa mudança de ambiente. Claro que essa migração vai exigir uma alteração significativa no DNA dessas organizações. A Microsoft, por exemplo, terá de esquecer o negócio que lhe rendeu o sustento até então, ou seja, a venda de licenças de sistemas operacionais, e terá de operar com as plataformas de maneira remota.

O sucesso delas também está atrelado à velocidade em que responderão à demanda por serviços de infraestrutura que, até então, ainda não fazem parte do portfólios dessas empresas. Se essas duas empresas descobrirem a receita de um modelo de negócios efetivo, podem sair vencedoras.

Fonte: Computer World

Kleber Rodrigo de Carvalho

Stefanini abre filial na Bélgica

Realmente fico muito feliz de ver o crescimento da Stefanini.

Eu como sou ex funcionário da Stefanini, só tenho a agradecer o tempo que trabalhei nele. A Stefanini me ajudou muito a me tornar o profissional que sou hoje.

Stefanini abre filial na Antuérpia na Bélgica

Movimento contempla investimentos de US$ 10 milhões na operação que mira cinco países europeus

A Stefanini IT Solutions inaugura uma unidade na cidade de Antuérpia (Bélgica). A 16ª filial da provedora mira os mercados belga, holandês, francês, alemão e de Luxemburgo.

A integradora brasileira planeja investir US$ 10 milhões na operação. O recurso contempla possíveis aquisições de empresas locais.

A Stefanini espera que a iniciativa impulsione negócios na região, elevando a participação da Europa em suas receitas para 10%, até 2014.

“Com operação na Espanha, Portugal, Itália e Inglaterra, a Europa detém 4% do faturamento total da Stefanini que chegou a R$ 674 milhões no ano passado”, diz o comunicado enviado pela provedora.

O projeto de internacionalização vislumbra, ainda, a abertura de um centro de desenvolvimento no leste europeu, dentro de dois anos.

Fonte: Stefanini abre filial na Bélgica

Kleber Rodrigo de Carvalho

Produzo software no Brasil, na Rússia, na Índia ou na China?

Interessante o artigo escrito pelo José Augusto no blog do Academic Initiative, cujo o tema é Produzo software no Brasil, na Rússia, na Índia ou na China?.

Eu escrevi meus comentários lá, principalmente enfatizei o que eu vejo hoje referente ao desinteresse de profissionais em trabalhar em projeto de outsourcing,

Kleber Rodrigo de Carvalho

Brazil as an outsourcing destination

Brazil has long been recognized as one of the powerhouses in Football worldwide. Brazil is well known for its stamina, skill and flair on the football pitch, usually leaving the rest of the world competing for second place. But far removed from these football certainties, (some Argentines may have something to say about it), is how well Brazil will fare in a newer contest now taking place across the business world — the contest to be the next location for offshoring of IT and business process services. Is Brazil a serious competitor in the “BPO/ITO World Cup”? Do they have what it takes to get to the final or do they face disqualification in the first round?

Brazil as an outsourcing destination

Analysis of Brazil as an Offshore Services Location

Brazil: is not only a world class ball player in the football field but also on the information technology services and solutions providers’ space

Kleber Rodrigo de Carvalho


InfoWorld’s guide to following your job overseas

Tech job moving abroad? Offshore yourself with it! InfoWorld’s guide to following your job overseas.

If your job is moving overseas, maybe you should move with it. Many American IT workers have looked with increasing worry as programming and datacenter jobs moved to India, China, Eastern Europe and elsewhere as companies seek cheap labor and Internet connectivity has made offshoring a plausible business option. Or perhaps your job is staying in the U.S., but being handled by an H1-B-visa-holding immigrant or a foreign consultancy such as Tata Consulting Services and Wipro that tends to import its own workers. While some companies have found offshoring to have more costs than savings when management and quality issues are factored in, it’s clear that IT jobs have been globalized and will stay that way… more

Kleber Rodrigo de Carvalho

Outsourcing: Is Brazil the nex India?

Brazil’s IT workforce offers the business savvy and technical skills to make offshoring there a worthwhile option for IT’s outsourcing needs.

Whereas India, China, Eastern Europe, and Russia get the most attention when it comes to outsourcing IT work, Brazil is fast becoming a competitive destination, offering top-quality IT talent in an intriguing location, business-wise.

Read the Brazil: IT’s next India?

Kleber Rodrigo de Carvalho