Consultorias de TI vs Consultorias de RH

Desde de 2001 trabalho e moro em São Paulo. Escuto muitos dos profissionais de TI (Tecnologia de informação) falarem que as consultorias de TI estragaram o mercado de TI. Mas porque eles dizem isso ?

Consultorias de TI e o mercado de trabalho

Antes os profissionais de TI, trabalhavam de 2 maneiras. Ou eles eram funcionários das empresas, sendo contratatado no regime CLT, ou eles eram prestadores de serviços. Na segunda categoria, a de prestadores de serviços, eles abriam um empresa e prestavam serviço para o cliente, emitindando NF (nota fiscal) diretamente para a empresa. Não existia essas consultorias de TI, que contratam os profissionais de TI, e apenas alocam eles nos clientes.

Conseqüentemente os profissionais ganhavam mais, porque sendo contratados diretamente para as empresas, ninguém ficava com nenhuma parte dos salários deles, como acontecem hoje com as consultorias de TI. Mas as empresas de consultoria se proliferaram, no final da década de 80 e inicio da década de 90 e hoje, não conheço praticamente ninguém que seja contratado diretamente por empresas e clientes, sempre a um consultoria de TI no meio. Para citar as grande empresas neste segmento, acho que estão a Stefanini TI, G&P, ProcWork, Politec, CPM Braxis no mercado brasileiro. E no mercado internacional também existem consultorias de TI, como os mesmo problemas que temos aqui no Brasil. O que até hoje não entendo, é porque chegamos a essa maneira de contratação através de consultorias de TI.

Minha experiência em uma consultoria de TI

Eu trabalhei por mais de 3 anos na Stefanini , uma consultoria de TI. E ao contrário que muitos reclamam, eu adorei trabalhar na Stefanini.

Antes que você demonstre todo seu ódio por essas consultorias de TI deixa eu explicar como foi minha passagem pela Stefanini. A Stefanini era dividida em células, e cada célula tinha um Gerente de Célula, que cuidava de vários clientes dentro daquela célula. Imagina que a Stefanini é uma empresa gigantesca (acho que hoje deva ser umas das maior consultoria de TI brasileira), e uma célula, é uma empresa dentro da Stefanini, que atende um determinado número de clientes (geralmente separado por ramo de atividade). Eu trabalhei muito tempo em um cliente desta célula. Trabalhei na Fabrica de Software da Goodyear. Foi um trabalho excelente para mim. Lá eu fui instrutor Java, programador e analista em Java, projetei bando de dados, ou seja participei de todas as fases na area de desenvolvimento de software. O pessoal dá Goodyear ( que era o cliente), também era um pessoal muito gente boa, e realmente eu atuava fortemente ajudando o pessoal da Goodyear. Quando a minha célula ia participar de propostas em outros clientes, eu também ajudava a minha célula, ajudando na concorrência, analise, custos e até mesmo fazendo extrevistas. Quando outra célula da Stefanini, precisa de um profissional mais Senior, aquele época era mais difícil encontrar um profissional Java Senior, eu ajuda a outra célula sem problemas. Ou seja, eu tinha o meu trabalho pontual na Goodyear (meu cliente principal), mas eu também ajuda a minha célula e outras células, ou seja atuava como um consultor de Java mesmo dentro da Stefanini e suas várias células. Neste caso é claro que se eu fosse consultor da Goodyear direto, como nós velhos tempos, eu ganharia mais, mas no meu caso, eu também atuava em outros projeto da Stefanini, por isso talvez não tenha tanto “raiva” como outros profissionais tem da consultoria de TI. Realmente posso dizer que o anos que passei na Stefanini foram de grande crescimento profissional para mim.

A realidade das consultorias de TI é diferente para muitos trabalhadores

Muitos dos meu amigos e conhecidos que trabalham em consultoria de TI, reclamam, que eles são contratados pelas consultoria que aloca ele no cliente, e lá ele fica, 1, 2 3 ou mais anos, sem se quer conhecer a consultoria de TI, no qual ele realmente é funcionário (CLT) ou prestador de serviços. Muitas vezes eles ficam se sentindo mais funcionário do próprio cliente do que da própria consultoria, e a consultoria na visão deles se tornam, aquela empresa que morde uma porcentagem do salário dele todo mês.

Pior que é quando ele vê os funcionário dos cliente, sendo reconhecido e ganhando bonificação, 13º salário, 14º salário, e ele fazendo o mesmo trabalho daquele funcionário, mas não tem direito a nada, e ainda nem se sente funcionário da consultoria que o contratou. Neste momento aparece aquele sentimento de revolta, porque ele na verdade não é funcionário do cliente e nem da empresa que ele presta serviço, então neste momento vem aquela baixa na auto estima.

Vejo hoje em dias muitas discussões sobre faltam profissionais de TI, e isso vai piorar ainda mais no futuro, mas será que as empresas nunca percebem que a situação acima citada desgasta o sentimento que o funcionário tem ? Funcionário desmotivado tem baixa produtividade.

Será que a pergunta, Faltam boas empresas de TI ao invés Faltam profissionais de TI ? Eu já comentei algo sobre isso no meu artigo sobre Gestão Profissional: Profissionais descontentes.

Tipos de Consultorias

Voltando aos tipos de consultorias existe um consultoria que está realmente acabando como a relação empresa funcionário. Essas empresas se dizem consultoria de TI, mas na verdade são Consultorias de RH. Na verdade é uma consultoria que se acha de TI, mas seu principal negocio é atuar como um empresa de RH.

Eles fazem exatamente o que eu citei acima, elas apenas contratam o funcionário e alocam para algum cliente, e lá o funcionário fica esquecido. E o pior de tudo, elas se auto denominam consultoria de TI.

Veja alguns exemplos que me fazem acreditar que existem muitas consultorias de RH, achando que são consultorias de TI.

  • Se você reparar, você perceberá que essas empresas não são donas de projetos. A função delas é apenas contratar um funcionário, alocar no cliente e lá ele é esquecido. Esse funcionário nunca vai na empresa (consultoria de TI que pensa que é RH), passa o resto da vida no cliente rezando para ou ser contratado pelo cliente, ou conseguir uma oportunidade melhor em outra empresa. Quando eu mencionei “você perceberá que essas empresas não são donas de projetos”, você perceberá que na verdade elas são empresas de RH disfarçadas de consultorias de TI. Ele não tem nenhum funcionário trabalhando em projeto interno, os únicos projetos em andamento estão em clientes. Resumindo, se ela não tem projetos, ele são empresas de RH disfarçada de empresas de TI, pode ter certeza.
  • Nessas empresas você sempre entrar em contato com os gerentes, gerente de conta, gerente de célula, gerente daquele cliente, perceba que nessas empresas o nivél mínimo hierárquico é gerente. Você nunca vai encontrar um gerente de projeto, analista programador e DBA dentro da empresa, DBA, é tudo gerente de vendas, gerente de relacionamento, gerente de RH etc. Bom, conversando com um funcionário desse eu abri a minha visão sobre o que eu achava da empresa, ou seja, mencionei com todas as letras que eles eram um consultoria de RH disfarçada de de uma consultoria de TI. Dai ele me respondeu, que não, é claro. Por que ele eram donos de vagas dentro do projeto, por exemplo. O Cliente X, tem um projeto Y, e precisa de 5 vagas para esse projeto Y. E esse projeto pertencem a eles (a consultoria de RH que acha que é de TI), e as vagas só serão preenchidas por funcionário contratados pela consultoria deles.
  • Meu próximo passo foi perguntar, se havia algum projeto em andamento internamente na empresa, sem ser alocado no cliente. Tipo uma fabrica de Software interna, ou um projeto de consultora de desenvolvimento ou suporte etc, dai ele me respondeu que todos os funcionário na area de TI estão alocados em clientes, e a empresa só tinha profissionais da area de Human Resouces, Marketing, Vendas e os Gerentes de Conta de cada projeto. Foi nesse momento que eu decidi parar de falar com ele, me fingi de ignorante e estou aqui escrevendo esse poste.

A realidade é outra

Depois dizem que faltam profissionais de TI no mercado, mas a grande realidade é que faltam empresas boas no mercado também.

Neste poste eu quis mostrar que empresa de consultoria são ruins, porque elas querem ser, porque elas tem meios de fazer com que o funcionário de sinta bem nela. Vejo algumas empresas em São Paulo que são consultoria de TI, mas possuem os melhores funcionário do mercado, inclusive incentivam a participar de eventos etc, ou seja são consultoria de TI que não se prestam ao papel de consultoria de RH disfarçada de consultoria de TI. Como em todos os exemplos há excecões, eu por exemplo trabalhei em uma consultoria de TI, mas não tenho o que reclamar. Mas será que em todas as célula destas consultorias de TI ou de outras grandes consultorias é assim, ou também ela também se prestam a serviço de apenas ser uma consultoria de RH disfarçada de consultoria de TI ?

Nem todas as consultorias de TI são consultoria de RH. Assim como grandes consultorias de TI, podem ter células, e contas internas que atuam como consultoria de RH, e ai que temos um problema. Assim como existem consultorias de RH serias, que não querem prestar o papel de ser consultoria de RH disfarçada de consultoria de TI como mencionei acima.

A realidade é dura, mas isso que está acontecendo, não é uma problema exclusivo do Brasil, outros países passam pelo mesmo problema quando o tema é consultoria de TI.

Kleber Rodrigo de Carvalho

WebWork-Struts 2 In Action

Como mencionei no meu ultimo post, estava fazendo um pesquisa sobre Action vs Component frameworks.

Achei esta interessante apresentação sobre o Struts 2 no infoq. Na verdade, a apresentação é antiga, mas dá um bom overview sobre o Struts 2.

Eu já postei anteriomente, sobre um livro de Struts 2 disponível para download no infoq.

Kleber Rodrigo de Carvalho

Action vs Component frameworks

Hoje eu estava falando disso com os meu colegas de trabalho:

Java Web Frameworks

Action Frameworks

  • URL binding
  • WebWork, Struts Action, RIFE, Stripes, Spring MVC, VRaptor, Struts 2, WebWork, Grails/GSP, Play etc

Component Frameworks

  • Event binding
  • JSF, Tapestry, Shale, Seam, Wicket, GWT wtc

Encontrei dois posts em blogs que ajudar a entender a diferença entre Action e Component Frameworks.

Eu alguns lugares eles chaman Action ou Request basead framework.

O primeiro é o Component-Based vs. Action-Based Web Frameworks escrito no Jonathan Lehr’s Weblog.

O segundo é o Action Framework Future is Component Framework, SpringMVC and S2, are they dead end? escrito no Frans Thamura’s Weblog.

O terceiro é o Java Component based vs Request based frameworks

O quarto é Difference between Action Framework and Component Framework in Java

Encontrei também essa discussão interessante no Tectura

Kleber Rodrigo de Carvalho

Livro Linux Kernel in a Nutshell disponivél para download

Escrito por um líder do desenvolvimento e mantenedor do kernel do Linux, Kernel do Linux em poucas palavras (Tradução literal do livro Linux Kernel in a Nutshell) é uma abrangente visão, da construção e configuração do kernel do linux, uma critica tarefa para usuários e administradores do Linux.

Este livro pretende cobrir tudo que é necessário saber para construir, personalizar, instalar o kernel do Linux de maneira correta. Não é exigida experiência em programação para entender e usar este livro.

O Livro está disponível para download em formato PDF ou DocBook, o livro inteiro ou por capítulos. A inteira história do desenvolvimento do livro ( você também pode saber porque a primeira versão do livro estava com mais de 1000 página), pode ser feito o donwload no repositório git.

Você pode acessar o web site do livro, Linux Kernel in a Nutshell, escrito por Greg Kroah-Hartman, publicado pela O’Reilly.

Kleber Rodrigo de Carvalho

Linux Kernel in a Nutshell

Written by a leading developer and maintainer of the Linux kernel, Linux Kernel in a Nutshell is a comprehensive overview of kernel configuration and building, a critical task for Linux users and administrators.

This book is intended to cover everything that is needed to know in order to properly build, customize, and install the Linux kernel. No programming experience is needed to understand and use this book.

The book is available for download in either PDF or DocBook format for the entire book, or by the individual chapter. The entire history of the development of the book (you too can see why the first versions of the book were 1000 pages long) can be downloaded in a git repository.

You can access the web site for the book, Linux Kernel in a Nutshell, by Greg Kroah-Hartman, published by O’Reilly.

Kleber Rodrigo de Carvalho

Testando o WP-CodeBox Plugin

Hoje decidi instalar um plugin do wordpress para formatar os códigos que quero postar neste blog.

Eu escolhi o WP-CodeBox, que teve uma fácil instalação, e se tem várias opções de linguagem.

Estou executando abaixo o exemplo descrito no Wp-CodBox Demo e o comportamento abaixo mostra-se ser bem legal.

**Example 1: PHP, no line numbers**

    

**Example 2: Java, with line numbers, collapse codebox**

    public class Hello {
      public static void main(String[] args) {
        System.out.println("Hello World!");
      }
    }

**Example 3: Ruby, with line numbers starting at 18, code downloading(ruby.txt)**

    class Example
      def example(arg1)
        return "Hello: " + arg1.to_s
      end
    end

Kleber Rodrigo de Carvalho

Linux

Linux

Comecei a usar Linux em 1997 quando estava no meu primeiro ano de faculdade. O que me fez a usar esse SO foi a curiosidade. Não queria me basear nas opiniões dos meu professores onde alguns defendiam o Linux e outros o Windows. Então minha primeira distribuição que usei foi a Slacware. Bom, imagine em 1997 ou seja a mais dez anos atrás um iniciante em Linux usando um Slackware. Foi difícil, e apanhei muito. Mas sabe como é, eu estava no primeiro ano de Ciência da Computação, e fuçar, descobrir, ler fóruns era o que eu mais gostava de fazer (e mais gosto ainda hoje). Escutava pessoas dizerem (em 1997), não sei porque ainda existem pessoas que usam o Windows, o Linux é melhor, Linux rocks, Linux is the best etc etc. Eu é claro, com a surra que tomava por ser iniciante pensava, como pode um usuário de computador tipo minha mãe, minha irmã meus sobrinhos e primos, trocar um Windows que embora fosse muito ruim (eu seja a tela azul era freqüente) naquela época( Windows 98), não exigia que a pessoa precisasse compilar seus programar em C/C++, montar e desmontar devices, se matar para configurar o mouse, monitor, escaner e impressora.

Bom é claro que depois da minha primeira impressão do Linux, passei para várias distribuições, e posso dizer, que nunca acreditei que o Linux realmente fosse para desktop, ou seja nunca o Linux conquistaria os usuário tipo minha mãe, minha irmã meus sobrinhos e primos. Esse usuário só poderiam usar o Linux se eu tivesse perto (ou algum profissional da área) deles para ajudar no que fosse necessário.

Achava que aquele negócio de compilar programas, era legal para o pessoal de informática (na verdade para uma área mais especifica dentro área de informática, que se chama desenvolvimento de Software), mas o usuário leigo não ter nem saber de compilar as coisas antes de usar, mesmo que eu falasse para eles que compilar aquilo traria um melhoria de performance. Sem contar que sempre que precisava compilar algo ou instalar algo tinha o problema de dependência. Dai eu ficava horas tentando encontrar qual era a dependência. Ou seja, era legal para mim, porque eu sou da aérea de tecnologia.

Como sempre escutei os usuário Linux dizerem, não sei porque as pessoas não usam o Linux. No fundo eu tinha uma resposta, o Linux era muito chato para o usuário leio, afinal de contas ele quer sentar na frente do computador e usar, pare de pensar que usuário de computador gosta de fuçar, compilar, pesquisar e etc.

Bom os anos se passaram, até que usei o Kurumin. O Kurumin realmente tinha sido a melhor distribuição Linux que eu tinha instalado e configurado até aquele momento. Reconheceu quase todo o meu hardware e quando tinha problemas eram fáceis de resolver, pois era baseado no Debian via Knoppix e Kanotix. Tinha um esquema que ícones mágicos que eram shell scripts que facilitavam a vida o usuário (não sei se essa idéia veio do Kurumin ou de outra distribuição). Tinha o esquema de Live CD, ou seja você usava o SO pelo CD, e só instalava quando realmente queria usar. Lembro que na época era a melhor distribuição para nós brasileiros, porque a compatibilidade com o nosso harware (vendido no Brasil) era excelente. Naquele momento eu pensei, o Linux está no caminho certo para alcançar a confiança do usuário leigo, principalmente dos brasileirso. Depois do Kurumin, decidi instalar o Ubuntu, que tinha o mesmo conceito, ser um Linux para leigos e não para o pessoal da area de informática. Ao contrário do Kurumin, o Ubuntu tinha uma empresa por trás dele.

O Ubuntu é que teve seu primero release em outubro de 2004 que é uma destruição baseada no Debian GNU/Linux, é a distribuição que tem mas chance de alcançar o usuário leio tipo minha mãe, minha irmã meus sobrinhos e primos. O Ubuntu é facil de usar, tem versões localizadas, tipo em português, espanhol etc, sendo que o mesmo SO é usuado no mundo inteiro, ou seja não é uma distribuição recomendada para brasileiro ou falantes qualquer outro idioma.

Tem um imenso grupo de voluntário que participam do projeto. Por exemplo hoje posso afirmar que um usuário que não fale somente português, pode se aventurar com o Ubuntu. A ideia do Ubuntu é ser fácil, ou seja nada complicar as coisas. Você consegue instalar programas neles facilmente, tudo na interface gráfica. Podemos usar a interface gráfica preferida tipo Ubuntu com o Gnome e Kubuntu com o KDE, o ususário escolhe qual ele prefere.

O Ubuntu tem um site e um forum caso o usuário tenha problemas, em português, e o mesmo SO é usado no mundo inteiro, não é uma distruição localizado, tipo como o Kurumin.

Se você hoje quer experimentar algo diferente do windows, realmente recomendo o Ubuntu.

Kleber Rodrigo de Carvalho