Oracle vs Google

Hoje eu decidi me atualizar sobre essa briga juridica entre Oracle vs Google, já que cada dia mais o Android está presente na minha vida.

Um artigo da lista the must read é Oracle vs Google: entrevista com Bruno Souza. Depois de entender e ter um overwiew e tentar entender o que está acontecendo, aconselho a ler também.

Details from Oracle’s Complaint Against Google na OSnews

Quite the firestorm – Escrito pelo James Gosling.

Mas se você quer entender de uma vez what’s going on nessa batalhar entre Oracle e Google no que se refere ao Android, aconselho a ler My Thoughts on Oracle v Google por Charles Nutter.

Kleber Rodrigo Carvalho

10 grandes mudanças que afetarão o ambiente de trabalho

10 grandes mudanças que afetarão o ambiente de trabalho.

O mundo do trabalho já sofreu alterações profundas nos últimos 20 anos, graças às tecnologias e à evolução das práticas de gestão. E, de acordo com a consultoria Gartner, mudanças ainda maiores estão por vir nos próximos dez anos, quando questões como a falta de rotina e a hiper conectividade afetarão diretamente o mercado e as empresas.

Para a Gartner, um dos principais pontos de mudança será o fato de que as organizações terão menos rotinas. Até 2015, a consultoria projeta que 40% ou mais das corporações trabalharão dessa forma, contra menos de 25% neste ano. Além disso, as pessoas dependerão cada vez mais do trabalho em equipe, o que exigirá tecnologias que garantam a comunicação e a interação entre as pessoas.

Para ajudar as companhias a prever cenários futuros e se preparar para novos ambientes de trabalho, a Gartner listou as dez grandes mudanças para os próximos anos, que impactarão diretamente na TI.

1 – Valorização do trabalho que depende da interação humana
O principal valor das pessoas estará na capacidade de realizar processos que fujam da rotina. As contribuições humanas que resultem em descobertas e inovações estão incluídas nessa categoria. O foco do uso da tecnologia, nesse caso, deve ser muito bem direcionado para estimular uma integração e interação entre os profissionais para estimular ideias e discussões.

2 – Grupos de trabalho
A Gartner prevê também uma disseminação dos trabalhos em grupo para atacar, de forma rápida, problemas específicos e difícil solução. Segundo a consultoria, esse formato de trabalho será muito mais valorizado e premiado do que as ações individuais. Além disso, tende mudar o atual forma do trabalho em equipe, já que dependerá de pessoas de diversas áreas da organização.

3 – Relacionamento em cadeia
Com a adesão aos modelos de trabalho em grupo, os profissionais têm de lidar melhor com as relações em cadeia. Assim, as pessoas precisam explorar o networking (rede de contatos) para buscar os indivíduos mais adequados para resolver problemas e buscar alternativas. Essa postura é crucial para o sucesso das iniciativas em grupo e para o consequente resultado para os negócios.

4 – Equipes externas
A organização não tem controle sobre alguns grupos informais externos de pessoas que podem ter impacto direto no sucesso ou no fracasso da empresa. Esses grupos estão ligados por interesses comuns, incidentes específicos, entre outras razões. Os executivos mais habilidosos sabem conviver com um ecossistema de negócios fora do controle da companhia, com seu poder de influência. Esse poder depende do entendimento sobre o potencial coletivo e da identificação das pessoas-chave nos grupos informais, já que é fundamental reunir inteligência de marketing por meio desses grupos. Igualmente importante é descobrir como usar os grupos para definir segmentos de mercado, produtos e diversas estratégias de negócios.

5 – Processos informais
As empresas precisam detectar todo tipo de processo que foge da rotina, mas que contribui para a tomada de decisões. Segundo a Gartner, essas ações informais tendem ganhar cada vez mais força no longo prazo.

6 – Trabalho espontâneo
Outro conceito incluído na descrição do novo ambiente das empresas é o trabalho espontâneo, o qual não depende de processos ou de funções específicas. A consultoria prevê que boa parte dos projetos tende a nascer a partir desse tipo de iniciativa não programada.

7 – Simulação e experimentação
A imersão em ambientes simulados, similares aos que puderam ser visto no filme Minority Report, substituirá a extensa análise de células em planilhas. O ambiente simulado será construído a partir de tecnologias que consigam identificar como reunir elementos baseados na forma como as pessoas interagem com o conteúdo. As pessoas, por sua vez, têm a possibilidade de manipular uma série de parâmetros para reformular o mundo virtual.

8 – Sensibilidade a novos padrões
O mundo dos negócios está ficando mais volátil e já não admite uma postura linear, na qual as experiências passadas baseiam modelos futuros. A tendência é de um mercado cada vez menos previsível, razão pela qual algumas organizações já criam grupos especificamente para detectar padrões emergentes, avaliar essas tendências e desenvolver cenários sobre a influência das grandes mudanças e como explorá-las.

9 – Hiper conectividade
O caráter hiper conectado já está presente na maioria das organizações, que abrangem redes em cima de redes, sobre as quais é difícil manter controle. Com esse cenário, haverá cada vez mais misturas entre relações formais e informais nas relações corporativas, impactando na forma como as pessoas trabalham e na função do departamento de TI, que deve estar preparado para apoiar e aumentar as conexões.

10 – Caem barreiras entre vida profissional e pessoal
O local de trabalho é cada vez mais virtual e os encontros de negócios acontecem entre pessoas que mal se conhecem. Mas o funcionário ainda terá seu local físico de trabalho, mesmo que seja em casa. Com isso, a tendência de muitos é que as linhas que separam vida pessoal, profissional, social e familiar desapareçam. Cada indivíduo precisa gerenciar a complexidade criada por demandas que se sobrepõem. Quem não souber administrar essa situação pode ter o desempenho comprometido, pois acabará se deparando com o excesso de informação.

Fonte: Computer World

Kleber Rodrigo de Carvalho

Terceirização de TI está com os dias contados

Para vice-presidente da A.T. Kearney, os fornecedores tradicionais terão problemas para sobreviver ao novo cenário de outsourcing.

Na perspectiva de Arjun Sethi, vice-presidente da consultoria A.T. Kerney, em cinco anos, o outsourcing (terceirização) dos produtos e serviços de TI, pelo menos da forma que conhecemos hoje, vai desaparecer. “Novos players, que ainda não entraram no mercado, irão dar as cartas nesse segmento”, avisa Sethi.

O consultor faz essa afirmação com base nas previsões de uma reconfiguração em massa do setor de terceirização. A mudança será provocada, em grande parte, pela disseminação da cloud computing (computação em nuvem).

Em um futuro não muito distante, o especialista vê que o mercado de outsourcing será dominado por empresas como Amazon e Google, além de nomes ainda desconhecidos. Enquanto isso, os fornecedores tradicionais de serviços terceirizados, como HP, Dell e Xerox, terão grandes dificuldades para sobreviver ao novo mercado.

Durante entrevista exclusiva à CIO/EUA, Sethi fez uma análise do que será o setor de outsourcing de TI em um futuro não muito distante.

CIO:: Não seria um exagero falar na morte do outsourcing de TI?

Arjun Sethi:: Acredito que não. Estamos acostumados a conceber a terceirização tradicional de TI com acordos firmados em longo prazo e que incluem o desenvolvimento e a manutenção de códigos customizados. Isso funciona, até hoje, a cargo de uma legião de programadores e exige a integração local. Nesse sentido, acho que estamos rumando em outra direção. Acredito em um novo modelo, no qual os fornecedores de outsourcing vão oferecer soluções padronizadas e baseadas na demanda. Para tal, é provável que combinem vários modelos de terceirização dos processos de negócio (BPOs) com a tecnologia da computação na nuvem.

Com base nesse modelo, os clientes poderão contratar outsourcing de todos os processos comerciais e pagar apenas pelo contingente de serviços usados.

CIO:: Mas os fornecedores de serviços terceirizados já não estão se preparando para cloud computing?

Sethi:: Nos últimos dois anos, vimos uma série de empresas investindo na aquisição de toda a indumentária necessária para sobreviver aessa mudança e para criar um novo modelo de negócios para a indústria de outsourcing. Estou falando de hardware e de conectividade que possibilitam executar serviços de rede e de armazenamento. Também entram nessa relação softwares que possam ser posicionados em plataformas partilhadas no ambiente da nuvem.

Isso demanda, no entanto, fôlego financeiro para implementar um modelo de cobrança baseado na demanda real. Esse é, na minha visão, o passo preeliminar rumo ao que chamo de revolução no mercado de BPO e terceirização da TI, em geral.

CIO:: E por que as provedoras tradicionais estariam em perigo?

Sethi:: Essas organizações não estão entendendo a mensagem. Elas, de fato, realizaram alguns investimentos. Mas ainda lhes resta muito a fazer se quiserem ter retorno sobre os milhões de dólares que injetaram nas recentes aquisições.

CIO:: O que deve acontecer com os fornecedores de serviços indianos?

Sethi:: Não há muita esperança para eles. E essa conclusão está baseada no comportamento reticente de grandes players ,como a Infosys, a TCS e a Wipro. Essas empresas dispõem de um caixa enorme e, mesmo assim, ainda não realizaram investimentos ousados. A questão que se coloca é: será que elas serão ágeis o suficiente para acompanhar o despertar dos clientes e poderão erradicar as preocupações referentes ao modelo de negócios e à proteção dos dados?

CIO:: Boa parte dos clientes de outsourcing ainda fica relutante quando o assunto é computação na nuvem. Como isso deve mudar nos próximos.

Sethi:: Estamos no olho do furacão. Nossa recentes pesquisas com clientes demonstram que há um grande interesse nessa área. As previsões são de que, nos próximos anos, exista uma expansão acelerada do setor, que deve ultrapassar um faturamento de 50 bilhões de dólares.

CIO:: E qual o modelo de negócios que os clientes corporativos adotarão na nuvem? A ideia é que as empresas trabalhem com múltiplos fornecedores?

Sethi:: Ainda não há um modelo de negócios ideal e sustentável. Acredito que, de acordo com a dinâmica atual no cenário de fornecedores e com as aquisições acontecendo em ritmo acelerado, isso descreve a maneira como os negócios devem se desenvolver e de que maneira serão adotados pelos clientes.

CIO:: Recentemente, o senhor mencionou a Microsoft e a SAP como potencial líderes nesse novo universo de outsourcing. Mas esses nomes não têm tradição nesse segmento…

Sethi:: Pense na oferta dessas empresa na nuvem. Elas já se armaram bem para essa mudança de ambiente. Claro que essa migração vai exigir uma alteração significativa no DNA dessas organizações. A Microsoft, por exemplo, terá de esquecer o negócio que lhe rendeu o sustento até então, ou seja, a venda de licenças de sistemas operacionais, e terá de operar com as plataformas de maneira remota.

O sucesso delas também está atrelado à velocidade em que responderão à demanda por serviços de infraestrutura que, até então, ainda não fazem parte do portfólios dessas empresas. Se essas duas empresas descobrirem a receita de um modelo de negócios efetivo, podem sair vencedoras.

Fonte: Computer World

Kleber Rodrigo de Carvalho